Parece que fiz dois anos de Boémia. Dois anos cheios de
aventuras para contar.
É incrível como o tempo voa! Parece que foi ontem que queria
criar um blogue e andava à procura do nome que se adequasse mais ao que eu
pretendia.
É também extremamente angustiante, pensar que é preciso
apenas um ano, para ter vivido as piores coisas que até agora me aconteceram na
vida.
Mas, parecendo que não, as vezes que as relatei aqui, que as
expus do meu coração, fizeram-no ficar menos pesado.
Não mudou nada. Mas ficou mais leve.
Arrependo-me de só ter escrito uma receita da avozinha e
agora perdi os seus truques para sempre.
Percebi também, nestes dois anos de Boémia, que fiquei menos
boémia. Dizem que faz parte da idade, os objectivos de vida são outros,
dizem...
Mas, não perdi a esperança, não perdi a vontade, não deixei
de lutar. Neste ano de boémia chorei muito, como nunca chorei. Mas abracei
amigos de sempre, e esqueci aqueles do de vez em quando. Percebi que as coisas
não são pretas ou brancas a nível de relações pessoais. Trabalhei um bocado
mais na minha profissão.
Foi um ano em cheio. Muitos filmes, muita música, muitos
jantares, muitos abraços e sentimentos intensos de pura e verdadeira amizade.
Vi uma mulher, a mulher da minha vida, renascer, e perceber
que esta vida são dois dias. Chorámos muito as duas, mas rimos verdadeiramente.
Estes anos, são bons para crescer. Para perceber a
efemeridade da vida.
Todos sofrem, todos têm problemas, mas o que demonstra a
nossa garra é a forma como os contornamos.
Este segundo ano de boémia já vem com uma bagagem de grandes
filmes, muitas lágrimas no final e muita música.
Venham mais.
Princesa Boémia
Sem comentários:
Enviar um comentário