segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Os melhores comentários aos nomeados para os Emmys


Para quem já está fartinho deste calor e prefere se actualizar nas séries que vai ficar viciado no Inverno, está a ler o post certo. O melhor especialista na matéria fez um resumo espectacular das melhores séries nomeadas para os Emmys e por causa disso já me deixou sem dormir umas noites à conta do Mr. Robot (eu sei que já vou atrasada!). 

Princesa Boémia

Chegámos à altura da temporada de prémios da televisão, isto numa altura em que a indústria televisiva tem nos últimos anos angariado grandes actores mais acostumados a grandes filmes de bilheteira em Hollywood. Assiste-se também a um grande fluxo dos maiores argumentistas do cinema para a televisão, talvez por força da maior flexibilidade para poderem adaptar e criar novas estórias sem “interferências” de terceiros. Para isso tem contribuído o aparecimento de alguns canais de televisão por cabo (Netflix, HBO, etc) que têm investido em séries próprias de qualidade, com grandes orçamentos, temas fracturantes e com os melhores actores. Os Emmys são os óscares da televisão e vão-se realizar no dia 18 de Setembro, no entanto são um pouco diferentes no que respeita às nomeações (mais parecidos até com os Globos de Ouro). Dividem-se em em 6 nomeados nas categorias de melhor série dramática e comédia, e respectivos actores de cada género, acresce ainda a categoria de mini-série/ telefilme, que são séries mais curtas.
Este ano na categoria de melhor série dramática temos a série The Americans, que incide sobre espionagem durante a guerra fria onde um casal de agentes soviéticos do KGB fazem-se passar por um casal americano. Uma das séries mais inteligentes da actualidade porque incorpora eventes da vida real durante a “cruzada” do casal em plena guerra fria. Better Caul Saul o spin-off da série Breaking Bad, já é um fenómeno de popularidade e apenas tem 2 temporadas. Acompanha o advogado Jimmy Mcgill  e as suas peripécias enquanto ele próprio monta o seu escritório no deserto do Novo México. Destaque também para Game of Thrones série aclamada pelo público à escala planetária, mas que a nível de emmys apenas tenha ganho o prémio para melhor série dramática o ano passado. Esta temporada manteve a bitola da anterior, no entanto apenas terá mais uma série o que pode indicar que talvez não seja este o ano para um bis. Dowton Abbey e Homeland, duas séries completamente distintas mas ao mesmo tempo tão iguais, porque foram de altos e baixos e esta última temporada de ambos (no caso da série inglesa foi mesmo a última) foi uma das melhores, principalmente de Homeland que parecia esgotado mas ressurgiu em força sempre “às cavalitas” de Claire Danes. Por último destacar para mim as 2 melhores séries das nomeadas, tanto House of Cards como Mr. Robot são fenómenos culturais e vão marcar um antes e um depois no género que representam. House of Cards recupera a forma nesta última temporada depois da anterior ter desiludido, numa altura em que parecia que se tinha esgotado o formato a aposta recaiu mais em incidir a estória na primeira dama Claire Underwood e foi uma aposta certeira, é aliás uma das favoritas para melhor actriz em série dramática. Mr. Robot acompanha um rapaz (Elliot) que é um hacker com vontade de mudar o mundo, nem que para isso faça cair alguns pilares da sociedade. A forma como a série desmonta falácias, suposições e tabus presentes na nossa sociedade faz despertar em cada um de nós um je ne sais quois de revolucionário. É a minha aposta para a vitória.
Quanto à categoria de comédia, temos como nomeados Back-ish, série que aborda a dificuldade de uma família de afro-americanos num bairro branco predominantemente da alta sociedade; Silicon Valley que acompanha uma equipa de geeks numa empresa da famosa “aldeia tecnológica” da Califórnia; Transparent série favorita cuja tema é a mudança de sexo de um pai de família. Veep acompanha a vida da vice presidente dos EUA, Unbreakable Kimmy Schmidt centra-se na vida de uma mulher que escapou de um culto religiosa e refugiou-se…em Nova Iorque. Por último temos a premiadíssima Uma Família Muito Moderna e a sub-valorizada Master of None com Aziz Ansari. Uma nota apenas para a categoria de mini-série onde destaco Fargo com uma segunda temporada melhor que a primeira, e American Crime Story: people vs OJ que nos relembra como foi o “julgamento do século” quando OJ Simpsons famoso jogador de futebol americano alegadamente assassinou a ex-mulher e o amante.
As minhas apostas são:

  • Melhor série dramática: Mr. Robot;
  • Melhor série de comédia: Transparent;
  • Melhor actor série dramática: Rami Malek, Mr. Robot;
  • Melhor actriz série dramática: Viola Davis (Como Defender um Assassino) / Robin Wright (House of Cards)
  • Melhor actor secundário drama: Peter Dinklage (Game of Thrones);
  • Melhor actriz secundária drama: Maggie Smith (Downton Abbey);
  • Melhor actor comédia: Jeffrey Tambor(Transparent); 
  • Melhor actriz secundária comédia: Judith Light( Transparent);
  • Melhor actriz comédia: Amy Schumer (Inside Amy Schumer);
  • Melhor actor secundário comédia: Tony Hale (Veep).

sábado, 20 de agosto de 2016

A premonição do adeus

Espera...
Um dia alguém te diz ao ouvido, baixinho, que o guião da tua vida foi rasgado e um argumentista furioso pegou nele sem dó nem piedade. Espera, mais um pouco...
Ele amanhã acorda mais bem disposto e reescreve a história e dá-te um final feliz.
Continua a esperar...
A paciência é uma das maiores virtudes que podes querer agora. 
Solta-se um suspiro, de certeza que é o final, eu sei. Mas não era... Aquela página da vida não rasgou assim tão facilmente. É feita de um papel antigo, vigoroso e trabalhado. Um papel de esperanças infundadas e de amor com fim à vista. Um papel que cheira a assados no forno de lenha, de fados e cheiro a campo. Esse papel está preso na última argola e por mais que Ele o puxe ainda não conseguiu rasgá-lo.
Que posso eu fazer? Esperar...


 Princesa Boémia