domingo, 26 de fevereiro de 2017

2 anos de Boémia

Parece que fiz dois anos de Boémia. Dois anos cheios de aventuras para contar.
É incrível como o tempo voa! Parece que foi ontem que queria criar um blogue e andava à procura do nome que se adequasse mais ao que eu pretendia.
É também extremamente angustiante, pensar que é preciso apenas um ano, para ter vivido as piores coisas que até agora me aconteceram na vida.
Mas, parecendo que não, as vezes que as relatei aqui, que as expus do meu coração, fizeram-no ficar menos pesado.
Não mudou nada. Mas ficou mais leve.
Arrependo-me de só ter escrito uma receita da avozinha e agora perdi os seus truques para sempre.
Percebi também, nestes dois anos de Boémia, que fiquei menos boémia. Dizem que faz parte da idade, os objectivos de vida são outros, dizem...
Mas, não perdi a esperança, não perdi a vontade, não deixei de lutar. Neste ano de boémia chorei muito, como nunca chorei. Mas abracei amigos de sempre, e esqueci aqueles do de vez em quando. Percebi que as coisas não são pretas ou brancas a nível de relações pessoais. Trabalhei um bocado mais na minha profissão.
Foi um ano em cheio. Muitos filmes, muita música, muitos jantares, muitos abraços e sentimentos intensos de pura e verdadeira amizade.
Vi uma mulher, a mulher da minha vida, renascer, e perceber que esta vida são dois dias. Chorámos muito as duas, mas rimos verdadeiramente.
Estes anos, são bons para crescer. Para perceber a efemeridade da vida.
Todos sofrem, todos têm problemas, mas o que demonstra a nossa garra é a forma como os contornamos.
Este segundo ano de boémia já vem com uma bagagem de grandes filmes, muitas lágrimas no final e muita música.
Venham mais.

Princesa Boémia


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

La La Land

Vi o La La Land no passado Domingo e ainda não consigo deixar de pensar no filme. As expectativas já eram elevadas e portanto, há sempre uma tentativa de arranjar defeitos onde provavelmente não haverão.
A química entre Ryan Gosling e Emma Stone é soberba na comédia, drama e musicalidade deste filme.
Escrever este texto a ouvir as músicas do filme transportam-me logo para aquela história de amor, que é incrivelmente fascinante, genuína e tão contemporânea. 
Não vi o Ryan Gosling sem camisola e só houve um beijo entre o casal e o amor que demonstraram é intenso, sublime e tão carinhoso que acredito que toda a gente adorava estar a viver aquela sensação naquele momento.
Esta história faz-nos sonhar, faz-nos ver que as coisas simples da vida são as que mais relembramos e procuramos tanta coisa que não interessam.
Agora imaginem a vossa a vida com as fantásticas músicas por detrás dos momentos mais marcantes.
Eles cantam, dançam, representam e, na minha opinião, a parte da dança não é soberba porque ele é um armário e ela meio desengonçada mas é o que faz que o filme seja tão tocante. 
O final é apoteótico e poético. O final representa tão bem a vida de cada um de nós que ainda tenho uma lágrima no canto do olho enquanto ouço as músicas repetidamente que se seguem.
Não deixem de sonhar! As coisas acontecem na altura certa e a vida encarrega-se disso.


Princesa Boémia